segunda-feira, 30 de junho de 2008

Apresentação da Chapa 2: VIRAÇÃO



Reconstruindo a Mobilização

Chapa 2

VIRAÇÃO

Ao longo de sua história, os(as) estudantes se fizeram presentes em vários momentos para garantir importantes mudanças de rumos não podia ser diferente agora, quando episódios evidenciam os limites das nossas instituições.
Roubalheira na FATEC. Repressão na UFSM. Crise ética no Governo Yeda. DCE traindo os estudantes no episódio da discussão da venda do prédio de apoio e se omitindo frente os escândalos de corrupção envolvendo as fundações ditas de apoio, o Detran e a UFSM. Será que estão com o rabo preso também?
Nossa indignação previsa virar AÇÃO! Para mudar o rumo dos ventos, é preciso uma reviravolta. É preciso uma VIRAÇÃO!
O movimento estudantil vem atuando nacionalmente na linha de frente em lutas como a das mudanças na política econômica do Governo Lula. Da mesma forma, vem protagonizando a conquista da criação de novas Universidades Públicas e a disputa de seus projetos, como Reuni, programa que apesar de expandir as vagas nas Universidades Federais, uma demanda história dos (as) estudantes, não tem capacidade de transformar estruturalmente nossas instituições.
Na UFSM disputamos e precisamos continuar disputando o REUNI. É preciso repudiar a repressão da reitoria e a inoperância do DCE-UFSM, na implementação deste projeto, que impediu o debate com a Comunidade Acadêmica. A repressão e a inoperância devem ser veementemente combatidas para que possamos garantir uma ampliação de vagas com qualidade.
No último período, protagonizamos a realização do 32º Encontro Nacional de Casas de Estudantes, no marco dos 40 anos da CEU II. A UFSM, foi centro de luta pela rubrica para a Assistência Estudantil. Lutamos contra a privatização do Prédio de Apoio Didático Comunitário e fomos atuantes na pressão pela apuração das denúncias de corrupção da FATEC e na realização da Conferência de Políticas Públicas de Juventude e do Fórum Mundial de Educação.
Infelizmente, o DCE não foi parceiro de nenhum desses episódios. O ''Novo Rumo'' escolhido pela atual gestão do DCE foi o de afastamento dos estudantes.
Apático e inoperante, o DCE atuou na contra mão da luta contra a corrupção, da construção de políticas para a juventude, da formulação de uma outra educação possível, da pressão pela Assistência Estudantil. Em outras palavras, o DCE Novo Rumo jogou no lixo o crédito que recebeu dos estudantes desta Universidade.
Graças a mobilização de 26 Diretórios Acadêmicos, os estudantes da UFSM poderão questionar nas urnas esta representatividade já neste semestre. E poderão fazer mais. Poderão transformar sua indignação em ação, uma ação propositiva, combativa, renovadora. Uma ação que contemple os estudantes de uma das maiores Universidade do país. Que imprima maior dinâmica a um dos movimentos mais atuantes do país, que se orgulha de sua história e que não merece a representação que atualmente tem.
É hora da indignação virar ação! Participe desta jornada pelo povo, seja protagonista dessa mudança. Com nossas idéias, nossos cataventos e nossas ações mudaremos os rumos do DCE e da UFSM.


SAUDAÇÕES A QUEM TEM CORAGEM
É CHEGADA A HORA DA MUDANÇA!


''Quando a verdade for chama, nos olhos da multidão, o que em nós é palavra no povo vai ser ação.''
Tiago de Mello


2 Comments:

Anônimo said...

MOVIMENTO ESTUDANTIL: ESPAÇO DE LUTAS VERSUS INTERESSES PARTIDÁRIOS

Já faz algum tempo que o movimento estudantil (ME) brasileiro não está mais nas mãos dos estudantes. Como todos sabem, os partidos políticos hoje não apenas influenciam, mas também decidem os rumos que a luta estudantil deve tomar, suas pautas, formas de ação etc. Essa determinação tem motivos de origens distintas: o grande número de partidos políticos surgidos a partir do fim da ditadura militar e a conseqüente necessidade de ampliação de suas bases de apoio, a utilização do movimento estudantil como vitrine das ideologias partidárias, são apenas exemplos do uso que os partidos políticos fazem do ME. Entretanto, esta história não tem um só vilão, visto que muitos ditos líderes estudantis também se utilizam das ações promovidas pelo ME como forma de promover-se futuramente à candidaturas em cargos municipais e regionais, fazendo com isso que os interesses dos estudantes fiquem submetidos às vontades partidárias.
O modelo atual de representação dos estudantes, o DCE, é um instrumento visto por muitos como autêntico e legítimo. Contudo, não se deve esquecer que este se trata de uma instância diretamente atrelada à reitoria, ou seja, recebe recursos desta e está portanto diretamente ligada à ela. Além disso, as campanhas das chapas candidatas ao DCE recebem verbas dos partidos políticos ou outras instituições diretamente vinculadas a estes, ou seja, também estão diretamente ligadas a eles. Em resumo, tanto em nível de campanha como de gestão, as chapas estão diretamente atreladas aos partidos políticos e à reitoria.
Qual o problema disso tudo?
Uma vez que um órgão de representação estudantil está ligado à instituições de caráter político partidário, os seus interesses transformam-se também nos interesses destas instituições. O atrelamento existente entre as representações estudantis (DCE, diretórios acadêmicos, grupos de estudos etc.) e os partidos políticos deturpam os interesses do ME, mistificam as lutas em favor dos interesses das cadeias de relações partidárias. Uma análise fria do partido político nos mostra que ele não mais pode ser tomado como um modelo para as ações estudantis, suas concepções acerca da realidade mostram-se esclerosadas, mecânicas e defasadas. O partido hoje transforma suas questões particulares em questões a serem acolhidas por todos. Desde sua inserção no jogo liberal, a busca por uma ampliação da base de votos tornou-se uma máxima que transformou o partido político numa máquina única e exclusivamente voltada para esse fim.
Como exemplos desta associação perniciosa, elencamos alguns recentes fatos emblemáticos ocorridos nesta universidade: como a ocupação da reitoria ocorrida no ano de 2007. Neste ato a pauta reivindicatória apontava basicamente dois pontos principais: ampliação do Restaurante Universitário e Manutenção do prédio de apoio como patrimônio da UFSM. Além destes dois pontos principais, a pauta reivindicatória contemplava itens como abertura dos banheiros da União Universitária em tempo integral e maior tempo de funcionamento do RU. Este último foi o único ponto de pauta que efetivamente cumpriu-se. Além disso, as decisões dentro do ambiente da ocupação eram encaminhadas por grupos em pré-assembléias, de forma que as plenárias eram realizadas não com o intuito de discutir, mas sim de deliberar as proposições dos diferentes grupos participantes da ocupação. Ainda, ficou claramente visível neste ato que o debate não se fazia como forma de ampliar a discussão acerca das pautas, mas apenas na forma como se agiria a fim de concretizar os objetivos. Em uma palavra, diferentes grupos dentro do ME, com o mesmo objetivo, polarizam discussões acerca da forma e não do conteúdo, burocratizam as decisões, desejam criar heróis e não expor e discutir os problemas.
Outro exemplo mais recente da determinação das ações estudantis por parte dos partidos foi o Conselho de DA’s autoconvocado ocorrido no dia 05/06/2008. Neste conselho, onde a pauta principal era referente às eleições para o DCE, foi apresentado um documento que comprovava que a reunião havia sido proposta por um ParTido Político, com o interesse de adiantar as eleições, de modo que estas não coincidissem com as eleições municipais. O documento que foi lido na reunião fazia alusão direta aos grupos políticos organizados dentro do ME, e explicitava a necessidade da oposição a esses grupos por parte do partido proponente do conselho. Mais uma vez a influência: interesses partidários sendo discutidos de forma mascarada em instâncias de deliberação do ME.
A lista de exemplos é ampla e não pára de crescer. Acreditamos que a política existe em todas as esferas da vida humana, entretanto, é a politicagem interesseira que desejamos denunciar. É preciso recolocar no primeiro plano os interesses do ME dentro das lutas nas universidades, bem como extinguir a influência maléfica e desagregadora dos partidos políticos.Até quando o Movimento Estudantil estará a mercê dos interesses dos grupos políticos partidários? De que forma é possível eliminar a determinação das ações do ME pelos interesses partidários? Deixe sua opinião, critique ou apóie este texto, troque idéias, desconstrua, reconstrua, xingue, ame, só não perca a sensatez.

Yuri R C said...

Movimento estudantil: Falsas contradições.




Venho escrever repondendo a serie de levantamentos pertinentes feito por "reticencia estudantil" a respeito da participação de partidos politicos no Movimento Estudantil e consequentemente o proprio mov. estudantil.
O texto( muito bem estruturado deve-se salientar) coloca uma gama de elementos a cerca da militancia partidiaria no seio do ME e como isso atrapalharia o verdadeiro ME, fazendo com que esse sirva apenas à interesses de partidos.
O que parece fazer sentido vendo parcela pifia de estudantes patrolando foruns democraticos e levando de forma pré-determinada lutas de seus partidos pra dentro do ME e outra parcela que esta mais preucupada em usar o DCE para ascender politicamente nas eleições 2008.
Entretanto, o primeiro não constroi ME, apenas o divide e o faz perder força, enquanto o segundo de certo nem sabe o que ME significa pois deste não partipa.

Infelizmente, esse é mais um falso debate que aflinge tipicamente a pequeno-burguesia radical, que não consegue ver para além das contradições internas das lutas politicas e socias que se dão dentro das universidades, influenciada pela criminalização da politica que os grandes meios de comunicação, sustendados pela grande burguesia, dissiminam entre a população.Mas com qual objetivo????
Simples, enquanto na decada de 80 o proletariado brasileiro acirrou a luta contra o governo ditatorial militar sustentado pela burguesia nacional, e conseguiu avanços importantes como representatividade politica, isso se traduz na legalização de partidos comunistas, como PCdoB e PCB, e criação de novos partidos como o PT, que representariam os interesses da classe trabalhadora( pelo menos naquele momento, sem desconsiderar a recente crise interna do PT que poderia ser desenvolvida em outro artigo).
Frente a esse avanço, na decada de 90 e principalmente nessa decada a burguesia fez o que pode para fazer retroceder esse avanço da mentalidade do proletariado, incutindo sua ideolgoa de classe dominante, respaldada por 24horas de bombardeio ideologico, conseguindo adentrar a consciencia da classe trabalhadora conceitos do tipo:"todos roubam, nenhum partido é realmente de luta, etc.."
Aliado a movimentos de carater burgues do tipo "Cansei", expressivamente patrocianado pela FIESP, se tem neste momento atual o afastamento das classes desprovidas da vida politica, o que garante o status quo da burguesia. Por isso a criminalização da politica entre os trabalhadores se faz necessaria para a elite tendo em vista nossa historia recente.

Nesta decada, parcela da pequena-burguesia toma duas posições, improvaveis de serem levadas adiante nos ultimos 20 anos, seriam elas: uma posição de carater anarquista, que vai resgatar discurso do fim do seculo XIX contra a participação de partidos em sindicatos, eleições ou, hoje, ME, e que a história confirmou não trazer nenhuma conquista significativa para os trabalhadores a não ser, verdade seja dita, exatamente o que iniciou seu declinio e quase extinção no Brasil, os sindicatos; a outra posição mais contemporanea é de carater pós-moderno, que sustentado na relativização absoluta dos movimentos de luta, inclusive o ME, e ,portanto,se afasta totalmente de qualquer participação de qualquer tipo nos foruns democraticos conquistados historicamente desde a ditadura militar que impulsionem algum tipo de avanço ao bem do poletariado.
Ambos falham em tentar levantar o falso debate de militantes partidarios dentro do ME, quando esquecem que antes de militantes partidarios são agentes sociais, estudantes no nosso caso, definidos pelo desenvolvimento do capitalismo em classes e conscientes(ou não) da luta de classes a qual se inserem.
Portanto não há "interesses de partidos" quando antes se tem a condição primeira de ser estudante pura e simplismente, que sofre com a fila do RU, que fica de saco cheio com o descaso das reitorias para com os estudantes, que não curte ver a Universidade publica e gratuita ser vendida a preço de banana, e uma serie de outras coisas que esse estudante vai sentir estando ou não filiado a algum partido.
Por fim deixo a pergunta: são os partidos que tem interesse no ME, e/ou é os estudantes que se apropriam dos partidos para alcançar outro nivel de luta institucional?????será de fato isso uma contradição tão intransponivel?????

(desculpem a falta de acentuação ;P)

Yuri Rosa de Carvalho História UFSM
PS: Se vamus falar em cair a mascara vamus comçar a escrever nossos nomes no que escrevemos pq o tempo de ditadura ja se foi graças as lutas, partidarias ou não.


Saudações a quem tem coragem

 
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